11/28/2008

"Ó Stôra, eu acho que a Carina vai ser uma escritora...!", Carlos Andrade

A bela folhinha

Era uma vez uma linda folhinha de Outono.
Era uma folha verde que vivia num velho carvalho, bem no meio do parque da cidade de Colinas Verdes.
Todos os dias a pequena folhinha via, de cima da árvore, as crianças a brincar e a correr.
Um dia, a folhinha deixou de ver todas as crianças a brincar, então ficou triste e pensou:
«Por que é que as crianças não vêm cá para fora?»
A folhinha não sabia o que pensar, se teria acontecido alguma coisa àquelas crianças, mas nem quis pensar nisso. Com o vento e chuva a pequena folhinha foi caindo ao chão e uma menina da janela observou-a e foi a correr pegar na folha e pô-la na árvore.
Depois estiveram as duas a conversar e então a folhinha pensou que aquela menina seria uma das suas melhores amiga do mundo. Até que a menina lembrou-se e perguntou:
- Como te chamas?
- Eu não sei o meu nome mas podes me dar um nome, se quiseres – disse a folha.
- Está bem, vou-te chamar Cláudia.
- Que nome bonito que tu me arranjaste! Mas agora preciso de saber o teu nome.
- Olha, Cláudia, o meu nome é Cátia.
- Cátia, que bonito!
- Olha – disse a Cláudia.
- Está a ficar tarde, vai para casa e depois falamos.
- Está bem – acrescentou a Cátia.
No dia seguinte, a professora da Cátia tinha pedido aos alunos para irem lá fora buscar uma folha, tinha de ser a mais bonita. Então Cátia pensou: « Vou buscar num instante a minha amiga Cláudia à árvore».
Então lá foi a menina a correr.
Chegou, pegou na folha e levou-a.
E a Cláudia perguntou:.
- Aonde me vais levar, amiga?
- Não sejas curiosa, esperas e já vais ver.
A Cláudia adorou aquela surpresa pois ela adorava crianças. A folha mais bonita foi a da Cátia e então o trabalho continuou.
Estavam a chegar ao Natal e a sua amiga Cláudia tinha-se transformado numa linda menina, que passou a ser como sua irmã, e então Cátia nem quis pensar nas outras prendas de Natal.

Carina, 6ºF (Novembro 2008)

11/20/2008

Textos do 6º F


OUTONO

Era uma vez uma linda folhinha de Outono. Era uma folha verde e jovem que vivia num velho carvalho, bem no meio do parque da pequena cidade de Colinas Verdes.

Um dia, em que chovera torrencialmente, a folhinha teve o maior susto da sua vida. Todas as suas amigas das árvores próximas, e também da sua, tremeram de tal forma que as mais velhas acabaram por se desprender… E foram parar sabe-se lá onde.
A nossa folhinha, no entanto, porque era jovem e forte, não caiu. Mas começou a sentir-se aflita e com muito medo. De súbito, ouviu um choro que vinha do outro lado da árvore.
- Quem está aí? – perguntou ela, baixinho.
- Sou eu… a folha Mariazinha. As minhas vizinhas caíram todas!... Estou sozinha neste ramo.

As duas folhas passaram o resto da tarde a conversar sobre aquele dia assustador até que começaram a sentir-se melhor. Afinal perceberam que aquilo era normal acontecer no Outono e tornaram-se duas grandes amigas.

6ºF (colectivo), Novembro 2008

11/18/2008

Como Ensinar a Matemática



Ron Aharoni
tem dúvidas
sobre a utilidade
do Magalhães:
“Todas as
tentativas
feitas até hoje
falharam”


“A Matemática
não tem que ser
divertida, mas
compreendida”
Para aprender Matemática é preciso
bons professores, bons manuais,
saber a tabuada, fazer uma coisa
de cada vez e só passar à seguinte
depois de compreender a primeira
Bárbara Wong
a Ron Aharoni era professor de
Matemática Pura, dava aulas na
universidade em Israel, mas há oito
anos aceitou o desafio de ensinar
ao 1.º ciclo. A experiência começou
por ser horrível, confessa. A pouco
e pouco, o professor começou a
reflectir sobre as dificuldades da
aprendizagem. Escreveu Aritmética
para os Pais, editado pela Gradiva
e que é hoje lançado em Lisboa, no
final do primeiro dia da Conferência
Internacional sobre Educação da
Fundação Calouste Gulbenkian, que
este ano é dedicada à Matemática:
Questões e soluções.
São muitos os pais que se sentem
pouco à vontade para apoiar os
filhos no estudo da Matemática.
Alguns odeiam a disciplina. O
que é que podem fazer para
não transmitir esses seus
preconceitos?
Não podemos fingir que gostamos,
porque o que sentimos é
transmitido à criança. É preciso
mudar o modo como olhamos
para a Matemática porque se a
criança sente que temos medo da
disciplina, nada do que fizermos irá
resultar.
O que é que os pais podem fazer?
A primeira coisa é reencontrarmo-
-nos com a Matemática. Quando
escrevi Aritmética para Pais foi a
pedido dos pais da escola dos meus
filhos. O livro é sobre o que é a
Matemática e como compreendê-
-la de uma maneira que não seja
aterradora. Antes de mais, é preciso
perceber que a Matemática é sobre
coisas concretas e que a abstracção
vem depois. Outro segredo
importante é que a Matemática
deve ser aprendida por etapas e
nenhuma deve ser deixada para
trás, porque se isso acontecer não
vamos conseguir compreender o
que se segue.
Actualmente, os filhos aprendem
de maneira diferente. O que
fazer quando é preciso ajudá-los
nos trabalhos de casa ou explicar
alguma matéria que o professor
ensinou de forma diferente?
Não há nada pior do que dizer-lhes
que o professor não sabe ensinar ou
que nós não aprendemos da mesma
maneira! Eles não aceitam, por isso,
não devemos argumentar com eles.
Em tudo na vida, as coisas mais
profundas são as mais importantes,
por isso, se os pais souberem bem
Matemática poderão conseguir
Entrevista Ron Aharoni, autor de Aritmética para Pais, livro lançado hoje em Lisboa
É importante combinar a
aprendizagem da Matemática
com outras áreas científicas para,
por exemplo, perceber como é que
as crianças aprendem e como é
que o cérebro funciona. Essa será
a função de Sobrinho Simões,
professor de Medicina, que falará
sobre genómica e educação; ou de
um grupo de psicólogos que vão
revelar que há muitos caminhos
para chegar à compreensão da
disciplina. A 9.ª Conferência
Internacional da Educação da
Fundação Calouste Gulbenkian é
dedicada à Matemática: Questões
e soluções. Há investigações
sobre o cérebro que mudaram
a maneira como se encara o
ensino da Matemática, que dizem
que “a memória e o raciocínio
são importantes e a confiança
e destreza fundamentais”,
explica Nuno Crato, comissário
desta conferência e presidente
da Sociedade Portuguesa
de Matemática. Ao longo
de dois dias, psicólogos,
matemáticos mas também outros
investigadores vão dar pistas
para soluccionar o insucesso
na Matemática que “não é um
problema só português”, confirma
Carmelo Rosa, director do
serviço de Educação e Ciência da
Gulbenkian. O objectivo é “dar um
contributo para desmistificar”
porque a Matemática é
estruturante do pensamento,
afirma Marçal Grilo, ex-ministro
da Educação e administrador
da Gulbenkian, para quem “é
preciso quebrar o ciclo de que a
Matemática não serve para nada,
quando ela é acessível a qualquer
ser humano”. B.W.
Dois dias de debate na Gulbenkian
explicar-lhes e dar-lhes uma boa
resposta.
Os pais aprenderam melhor do
que os filhos?
Sim, aprendemos muito melhor
do que eles. Aconteceu algo na
educação em todo o mundo...
O maior problema é que os
professores não ensinam porque
lhes foi dito para não ensinarem.
No ensino estão os profissionais
mais fracos, os que não foram para
outras áreas como as tecnologias.
E isto é um problema em todo o
mundo. Foram poucos os países
que tiveram sabedoria para
dar salários atraentes aos bons
professores. Não sei como é que se
resolve este problema, que é grave.
A solução passa por ensinar os
professores?
O principal caminho para ensinar
os professores é através dos bons
manuais escolares. Os manuais que
existem vão na direcção errada,
porque promovem actividades
divertidas e a aprendizagem fica
perdida. O problema é que os livros
saltam etapas ou seguem teorias
modernas. O que é preciso é que os
manuais reflictam a Matemática, a
sua essência, o que é e não teorias.
Em Portugal, o actual Governo
deu início à formação dos
professores do 1.º ciclo por
docentes do ensino superior.
Pode ser um caminho?
Em Israel fizemos isso em 1999. Dei
formação a professores durante
dia de aulas, cansados e durante
três horas, ao fim da tarde, a
aprender umas teorias de que não
precisavam. Lembro-me das caras
dos professores, do seu sofrimento.
No final eram avaliados e a maioria
chumbava. É natural. Aquela
formação não trouxe qualquer
mudança.
O que é que falhou?
A verdade é que todos ensinam o
que sabem e não o que os outros
precisam de saber. Por isso, os
académicos ensinaram teorias ou
estatística. Também ensinaram
actividades divertidas e isso é
horrível, porque as crianças não
precisam de estar divertidas, elas
precisam de compreender e só se
o fizerem é que aprendem a gostar.
A Matemática não tem que ser
divertida, mas compreendida.
Sempre pensou assim?
Não. Quando cheguei ao 1.º ciclo
ia com a certeza que eu era mais
inteligente do que os professores
daquele ciclo e comecei a fazer
actividades divertidas, mas
depressa compreendi que primeiro
é preciso dar as bases.
Defende que se parta do
concreto para o abstracto. Como
é que isso se faz?
Nos primeiros anos, em cima
das carteiras é preciso ter muitos
objectos para que as crianças
compreendam as operações e as
realizem. Há também três passos
que podem ser utilizados: fazer
demonstrações, desenhar e contar
Isso não é Matemática divertida?
Não, é a compreensão. Outro
segredo é fazer uma coisa de
cada vez. Aprendi-o com a minha
filha mais nova. Todas as noites
proponho-lhe um problema e uma
vez ela pediu-me para lhe fazer uma
pergunta mais fácil. Nessa altura
eu percebi que ensinar alguém é
levar essa pessoa do rés-do-chão
até ao topo do prédio e para isso é
preciso ir construindo as escadas,
degrau a degrau. O segredo do
ensino da Matemática é não saltar
degraus, porque o aluno pode não
acompanhar.
Por vezes, os alunos não
compreendem que há matérias
que estão interligadas. No final
do 1.º ciclo sabem dividir mas
quando chegam ao 2.º não
percebem a relação da divisão
com as fracções.
Esse é um problema gravíssimo:
porque é que não fazem a ligação
entre divisão e fracções? Quando
aprendemos a divisão é com
números e as fracções aprendemos
recorrendo a formas, por exemplo,
o círculo. É um erro ensiná-los a
dividir e a não usar também formas
uma relação e então não seria tão
complicado aprender as fracções. É
preciso mudar os manuais.
É importante saber a tabuada?
Se cada vez que queremos escrever
uma carta tivermos que pensar
como é que se juntam as letras...
Para a Matemática o raciocínio é o
mesmo: é preciso ter automatismos
e a tabuada é essencial. Os pais
podem ajudar os filhos a aprender,
por exemplo, a dizê-la de trás para
a frente.
A aprendizagem de um
instrumento musical ou jogos
de estratégia podem contribuir
para aprender Matemática?
Aprender música é bom para a
memória. Qualquer actividade
em que a criança tenha de se
concentrar é boa para desenvolver
a capacidade de trabalho que a
Matemática exige. Outra coisa
muito importante e que sempre
ensinei aos meus três filhos é: ser
preciso nas formulações, dizer
correcta e claramente o que se
quer dizer, nunca deixar os outros
adivinharem o que se quer dizer,
mas usar as palavras certas.
Há sempre alguma polémica em
torno do uso da calculadora.
Concorda com o seu uso?
Calculadoras? Atirem-nas para o
lixo! Houve revoluções terríveis na
escola e essa foi uma delas. Fazer
cálculos é muito importante e não
é uma coisa estúpida ou inútil, e
que, por isso, se deve recorrer à
Usar uma calculadora na aula de
Matemática é como pôr os alunos
a conduzir automóveis em vez de
correrem na aula de Educação
Física. Quando pergunto a um
aluno quanto é 10+10 e responde,
mas precisa da calculadora para
saber quanto é 10+11, então, ele
não compreendeu qualquer coisa
quando aprendeu, que precisa
de saber e não é com o recurso à
máquina que aprende.
O Governo português iniciou
este ano a distribuição de
computadores portáteis às
crianças do 1.º ciclo. Concorda?
Não conheço o projecto. Sabemos
que o cérebro das crianças é
completamente diferente e que
trabalha muito rapidamente.
Se elas podem aprender com o
computador? Todas as tentativas
feitas até hoje nesse sentido
falharam. Não sei se porque as
crianças preferem brincar no
computador do que trabalhar...
Penso que no 1.º ciclo o contacto
com o professor é o mais
importante.
Muitos pais podem apoiar os
filhos nos primeiros anos, mas
há-de chegar uma altura em que
deixam de conseguir fazê-
-lo. E depois, o que é que podem
fazer?
Quando eles sabem mais do que
nós é bom, faz parte da vida, é sinal
de que estão a crescer! Mas os pais
também podem investir na sua
aprendizagem, como ler um livro
ou estudar. Não é difícil!
máquina. Fazer cálculos significa
compreender o sistema decimal


para aprender. Se o fizessemos
eles compreenderiam que existe


histórias matemáticas.


muitos anos e era horrível ver os
pobres professores

11/13/2008

PNL (Plano Nacional de Leitura)

Trabalho realizado por: Beatriz Sofia Carvalho Dias - 3.º Ano - EB1 de Montelhão - (Prof.ª Ana Maria





Alunos da Professora: Helena Silva - EB1 de Estalagem
































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































11/12/2008

O S. MARTINHO NA NOSSA ESCOLA - EB1 DE ESTALAGEM






























O S. Martinho na escola

Ontem foi dia de S. Martinho.
De manhã, na sala, ouvimos a lenda de S. Martinho e preenchemos um crucigrama. Também lemos adivinhas e desenhámos as respostas.
De tarde, no recreio, fizemos uma grande fogueira, com caruma, onde assámos as castanhas. Saltámos a fogueira e enfarruscámos a cara. A seguir comemos castanhas e bebemos um sumo.
O nosso magusto foi muito divertido.

11/09/2008

Plano Nacional de Leitura (PNL) - Trabalhos










Trabalhos dos Alunos do 1.º Ano da EB1 de Montelhão - (José Pedro, Gonçalo Ribeiro e Tomás Carvalho; Sara; Isabel)











O RAPAZ QUE TINHA MEDO - Trabalho realizado pela turma do 2.º ano da EB1 de Montelhão











































































































O Dia das Bruxas!

Cheguei a casa
Preguei um susto
Ao meu tio.
Foi um susto tão grande
Que foi parar ao rio.

Fui ao cinema
Ainda mascarada.
Entrei no papel principal.
Toda a gente aplaudiu,
Toda a gente ficou marada.

Vi o meu irmão
E dei-lhe a mão.
Eu levei a abóbora
E ele a vassoura.
E juntos levantamos voo.

Vimos uma abóbora
A cantar e a dançar.
A seguir um vampiro
E depois uma bruxa.
Até que dissemos:
-É dia das Bruxas!

31-10-2008
Adelaide Beatriz Mesquita Azevedo
3º Ano - EB1 de Montelhão



11/07/2008

CONCURSO - ILUSTRAÇÃO DE NATAL

Gostas de desenhar, pintar, fazer colagens…?
Achas que tens algum talento para as artes visuais?

Então convidamos-te a participar neste concurso, promovido pelas Bibliotecas do Agrupamento e pelo Departamento de Expressões.

Faz uma ilustração alusiva ao Natal e entrega-a ao teu professor – EVT, ET, EV, prof. 1ºCiclo - ou na Biblioteca, até ao dia 28 de Novembro. Para participar neste concurso deves respeitar o seguinte regulamento:

REGULAMENTO
* Podem concorrer, individualmente, todos os alunos do Agrupamento - 1º ao 9ºAno de escolaridade.

* O trabalho deve ser original.

* Deve ser feito em folha de papel de cavalinho, tamanho A4.

* Deve ter a identificação do/s autor/es (nome, número, ano, turma) escrita no verso.

* Deve ser entregue ao professor, ou na Biblioteca, até ao dia 28 de Novembro de 2008.

Para a selecção dos melhores trabalhos serão tidos em conta os seguintes critérios: 1. Adequação ao tema proposto; 2. Criatividade; 3. Originalidade.

O júri irá seleccionar dois trabalhos por cada ano escolar – do 1º ao 9º – sendo entregue o prémio no último dia de aulas do 1ºPeríodo (18 de Dezembro). Os prémios serão divulgados no site do Agrupamento e na Biblioteca


A Equipa Ed. das Bibliotecas
O Departamento de Expressões

11/04/2008

CONCURSO - UM CONTO DE NATAL

Se gostas de escrever e de imaginar histórias, escreve um conto relacionado com o Natal e entrega-o ao teu professor de Língua Portuguesa, ao teu professor do 1º ciclo, ou na biblioteca escolar até ao dia 28 de Novembro.
Para participar neste concurso deves respeitar o seguinte Regulamento.

REGULAMENTO
* Podem concorrer todos os alunos do Agrupamento (2º ao 9º ano de escolaridade), individualmente ou em grupo de dois ou três alunos.

* O conto deve ser original e elaborado na aula (L. Portuguesa, E. Acompanhado ou Biblioteca).

* O texto não pode ter menos de uma página (folha A4) nem mais de duas páginas.

* Deve ser escrito em computador ( tipo de letra: Arial; tamanho de letra: 12; espaço entre linhas: 1,5).

* Deve ter a identificação do(s) autor(es): nome, número, ano, turma.

* Deve ser entregue até ao dia 28 de Novembro de 2008.

* O conto é entregue em formato papel e guardado em suporte informático.

ü Para a selecção dos melhores trabalhos serão adoptados os seguintes critérios de apreciação:
1. Adequação do tema
2. Mensagem veiculada pelo conto
3. Criatividade
4. Originalidade
5. Boa organização das ideias e adequada estruturação do texto
6. Correcção linguística

O júri irá seleccionar dois contos de Natal por cada ano escolar – do 2º ao 9º ano de escolaridade – sendo entregues os prémios no último dia de aulas do 1ºPeríodo (18 de Dezembro). Os contos premiados serão divulgados no site do nosso Agrupamento e expostos nas Bibliotecas Escolares.

A Equipa Ed. da Biblioteca
O Coordenador das BEs do 1º ciclo
O Departamento de Línguas
Joane, 04 de Novembro de 2008

PLANO NACIONAL DE LEITURA - Avaliação Externa 2º ano

27 de Out de 2008
A avaliação externa do 2.º ano do Plano Nacional de Leitura (PNL) revela um aumento do interesse ou gosto dos alunos do pré-escolar e dos 1.º e 2.º ciclos pela leitura, de acordo com um inquérito feito em linha a todos os agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas.
O inquérito apresenta como resultados e impactos do PNL um crescimento do interesse ou gosto dos alunos pela leitura, bem como o desenvolvimento e a melhoria de competências e resultados dos alunos e o reforço das actividades de promoção da leitura nos agrupamentos de escola e nas escolas não agrupadas.
As respostas das escolas demonstram uma intensificação das práticas de leitura dos alunos, em diversos contextos, bem como um aumento da frequência da utilização de bibliotecas pelos alunos.
A quase totalidade dos agrupamentos e das escolas desenvolveu leitura orientada em sala de aula no pré-escolar (82,4 por cento), no 1.º ciclo (98,3 por cento), no 2.º ciclo (98,4 por cento) e no 3.º ciclo (83,3 por cento).
Os resultados revelam ainda que a maioria dos agrupamentos e escolas participou nas iniciativas promovidas pelo PNL, designadamente na semana da leitura (87,6 por cento), na celebração do Dia Mundial do Livro (75,7 por cento) e no concurso nacional de leitura (28,4 por cento).
Quanto ao papel das bibliotecas escolares, 78,9 por cento dos agrupamentos e escolas não agrupadas consideram as bibliotecas escolares muito importantes para o desenvolvimento das actividades do PNL nas escolas.
De acordo com o relatório de actividades do Plano Nacional de Leitura (PNL), apresentado por António Firmino da Costa na II Conferência do PNL, as principais dinâmicas neste segundo ano centraram-se nos seguintes objectivos:
· Consolidação e acompanhamento dos programas em curso;
· Aprofundamento da divulgação do PNL;
· Lançamento de iniciativas dirigidas a diferentes públicos;
· Alargamento das áreas de estudo sobre a leitura;
· Consolidação e ampliação de parcerias;
· Envolvimento de organizações de outras áreas;
· Estabelecimento de parcerias internacionais.
Destaca-se a consolidação ao nível dos projectos de promoção da leitura nas escolas, actividades de leitura orientada nas aulas, nos jardins-de-infância, nos 1.º e 2.º ciclos, bem como o alargamento das actividades de leitura orientada ao 3.º ciclo e das listas de obras recomendadas.
O PNL disponibilizou sítios electrónicos sobre leitura e sobre promoção de leitura, tendo sido reformulado o sítio Ler +, um instrumento essencial na comunicação com docentes, bibliotecários, famílias e com a generalidade dos cidadãos.
Foram ainda lançadas duas páginas electrónicas: Clube de Leituras, um agregado de blogues e sítios realizados por uma comunidade de interessados em leituras de todos os tipos, e Promoção da Leitura nos Países da OCDE, que apresenta e descreve 312 projectos desenvolvidos em 28 países.
O segundo ano do Plano Nacional de Leitura ficou também marcado pela inovação ao nível das actividades e dos actores. Foi distribuído um livro a todos os alunos que entraram no 1.º ano de escolaridade em 2008/2009 e surgiram novos projectos, a saber:
- Projecto "Leitura Vai e Vem", em conjunto com profissionais de educação infantil e famílias (mochilas para as crianças transportarem livros do jardim-de-infância e sugestões de actividades de leitura em família);
- Projecto "Ler + em vários sotaques", com o Alto Comissariado para a Imigração e o Diálogo Intercultural (leitura em voz alta nas escolas, em vários sotaques regionais e nacionais);
- Projecto "Ler + dá saúde", com médicos e outros profissionais de saúde (caixas com livros e outros materiais, em consultórios, centros de saúde e hospitais, visando o aconselhamento da leitura em família, para crianças entre os 6 meses e os 6 anos);- Projecto "A ler +", versão portuguesa de "Reading Connects" (envolvimento de toda a comunidade educativa na promoção da leitura - preparação de projectos em 32 escolas, com os presidentes dos conselhos executivos e coordenadores das bibliotecas escolares, bibliotecários municipais e coordenadores concelhios da Rede de Bibliotecas Escolares.

11/02/2008

Texto em Construção - Projecto - Amar a Escrita

Participação na construção do texto: alunos da EB1 de Mogege (profª. Graça e prof. Nuno), alunos da EB1 Cima de Pele (prof. Lino)e alunos EB1 Giestais (prof. Francisco)
Chegou o Outono e com ele chegaram as primeiras chuvas.
A natureza apresenta-se colorida. Folhas de todas as cores: amarelas, vermelhas, castanhas, cor-de-laranja, …cobrem o chão.
Os pássaros desapareceram como que por magia e as suas melodiosas vozes deixaram de se ouvir.
Violeta acordou sobressaltada com o barulho da chuva.
- Plim, plim,…
A menina tinha combinado com o António dar um passeio pelo parque.
- Ai! – suspirou Violeta e abeirou-se da janela para ver se o tempo iria melhorar. Reparou que as nuvens estavam a dissipar-se e o sol espreitava timidamente por entre as nuvens.
Violeta tomou um duche rapidamente e vestiu uma blusa lilás, uma linda saia branca aos folhos com um grande laçarote lilás na cintura e calçou uns sapatos pretos com uns atacadores, com o mesmo tom da blusa.
A menina pegou num frasco de perfume e vaporizou atrás das orelhas. Pegou numa pequena bolsa, colocou-a a tiracolo e foi ter com o amigo António.
À sua passagem sentia-se um aroma suave a frutos tropicais.
- Hum…que cheiro tão agradável! – disse o António.
- Sabes António, ainda não tomei o pequeno-almoço. Queres ir comigo ao café? – inquiriu Violeta.
- Sim, gostava muito.
Os dois amigos dirigiram-se ao bar do parque, de mão dada, saltitando e chapinhando nos charcos feitos pela chuva.
- Ah! Olha para a minha saia branca toda salpicada de lama. A minha mãe vai ficar furiosa quando me vir assim.
- Vamos a minha casa, vestes uma saia da minha mãe e lavamos a tua.
E lá foram para casa do António. A menina despiu a saia e vestiu a da mãe do amigo.
- Ah!Ah!Ah…-riu-se o António ao ver a figura da menina – Pareces um espantalho.
Violeta corou e baixou a cabeça envergonhada. O menino aproximou-se e com os seus longos braços rodeou a menina e deu-lhe um forte abraço. Com carinho pediu-lhe desculpa e deixou escorregar uma pequena lágrima salgada pelo seu rosto abaixo. Violeta aceitou as desculpas, dando um beijo suave e carinhoso no amigo.
Entretanto, D. Isabel preparou um apetitoso e saudável pequeno-almoço para as duas crianças: torradas com compota de morango, leite com cereais integrais e uma peça de fruta.
- Hum! Que delicioso. -disse Violeta.
A mãe do rapaz pegou num pano húmido e limpou a saia da menina enquanto os dois se divertiam no quarto do António. Saltavam em cima da cama e davam estrondosas gargalhadas, escondiam-se debaixo da cama, no guarda-fatos, jogavam computador,…
Regressaram ao parque de bicicleta porque o tempo estava melhor.
Pelo caminho, o António, para impressionar a Violeta, começou a fazer “cavalinhos” e a andar em ziguezague no meio da rua.
- Não faças isso – gritou a menina sobressaltada e zangada.
De repente, catrapus. O rapaz estatelou-se no chão.
Aproximava-se um automóvel a alta velocidade. O condutor, apercebendo-se atempadamente da situação, travou bruscamente a fundo e o carro imobilizou-se.
O condutor saiu apressadamente do veículo e aproximou-se da criança ao mesmo tempo que a menina.
- Estás bem? – perguntaram em simultâneo a Violeta e o condutor.
Fez-se um breve silêncio que pareceu interminável naquele momento
- Dói-me um pouco a cabeça e estou com tonturas – disse o António a choramingar, ao mesmo tempo que tentava levantar-se.
- Acho que será melhor levar-te ao hospital – sugeriu o condutor.
- Também acho melhor – concordou a Violeta.
- Não. A minha mãe vai ficar preocupada se souber que eu estou no hospital – disse, amedrontado, o António.
- Não vai nada, rapaz. Tens de ir porque é necessário que sejas observado por um médico, para termos certeza que está tudo bem.
O condutor pegou no seu telemóvel, ligou para o 112 e pediu uma ambulância. Depois de explicar a situação e dizer onde era o local do acidente, esperou ansiosamente.
Passado pouco tempo, a ambulância chegou. Depois de prestar os primeiros socorros e tomarem todas as precauções para o caso de haver algum osso partido, meteram-no na ambulância e levaram-no para o hospital.
Pelo caminho, Violeta deu o número de telemóvel da mãe do amigo ao senhor Raul (o condutor). Este ligou-lhe imediatamente, para a informar do que aconteceu com o filho.
Dona Isabel estava ocupada a preparar o almoço quando tocou o telemóvel. Ao ver um número desconhecido, estranhou.
- Estou sim! – disse, ao atender.
- Bom dia - disse o senhor Raul. É a mãe do António?
- Sim, sou. Porquê? Aconteceu alguma coisa com o meu filho? – perguntou, aflita.
O condutor explicou tudo o que aconteceu e tentou acalmá-la, dizendo que a situação não era grave e que ele já estava a caminho do hospital.
Quando chegou ao hospital, o António já ia mais calmo. Já não sentia tonturas e a dor de cabeça estava a passar.
A mãe não demorou muito a chegar. Dirigiu-se ao balcão de atendimento e pediu informações sobre o estado do filho.
António tinha acabado de sair da sala de raio-x, onde se comprovou que não havia qualquer osso partido. Tudo não passara de um valente susto. Ao ver a mãe aproximar-se, António abraçou-a e começou a chorar.
- Desculpa. – pedia, a soluçar.
- Estás bem? – perguntou a mãe, preocupada.
- Estou. Tenho aqui uma receita para ires à farmácia buscar um medicamento.
Dona Isabel foi falar com o médico que atendeu o filho. Este explicou-lhe que estava tudo bem e que o medicamento era apenas para as dores, pois o rapaz tinha os joelhos e cotovelos bastante esfolados.
À porta do hospital o senhor Raul e Violeta esperavam a saída da mãe e do filho.
Ao ver o amigo sair, Violeta correu para ele.
- Eu disse-te que parasses com as brincadeiras na estrada. Sabes muito bem que é perigoso. – resmungou a menina.
- Eu sei. Mas queria que tu visses que sabia fazer coisas fixes.
- És mesmo idiota. E achas que vir parar ao hospital é fixe?
- Não. Não era isso que eu queria.
Perto dali, dona Isabel conversava com o senhor Raul.
- Não tive culpa. Ele vinha a brincar nas estrada com a bicicleta e não houve nada que pudesse fazer. – explicou ele.
- Não se preocupe. Eu sei bem como ele é. Adora meter-se em sarilhos. Já o avisei tantas vezes que tivesse cuidado na estrada, mas nunca me escuta.
- São crianças. Desta vez teve sorte, mas poderia ter corrido mal.
- Obrigado por tudo – agradeceu a mãe do pequeno.
O António, a sua mãe e a Violeta dirigiram-se para o parque de estacionamento do hospital, onde estava o carro.
- Vamos passar pela farmácia para comprar os medicamentos – sugeriu a mãe.
No carro, o ambiente era estranho, o susto, a preocupação e a tristeza deixou-os sem palavras.
O António, timidamente, perguntou:
- O pai já sabe?
- Não! Ainda não falei com ele - respondeu a mãe.
- Porquê? - Perguntou o António.
- Sabes, filho, o teu pai não pode atender o telemóvel porque tem muito trabalho e não o posso incomodar. Afirmou a mãe.
- Porque é que sempre que acontece alguma coisa tu nunca dizes ao pai?
- Já te disse! O teu pai anda muito ocupado. Disse a mãe revelando algum nervosismo.
Ao ver que o ambiente estava a ficar muito aborrecido, a Violeta decidiu meter-se na conversa.
- Tenham calma – pediu a Violeta.
- Diz-me, Violeta, se te acontecesse o mesmo, quem te iria buscar ao hospital? Questionou o António.
- Os meus pais! Exclamou confiante a Violeta.
- És uma sortuda! Os teus pais estão sempre presentes na tua vida enquanto o meu pai só pensa no trabalho.
O ambiente naquele carro ficou silencioso e triste. As lágrimas deslizavam pelo rosto do menino e a menina sentiu-se culpada.
A Violeta tentou animar o menino dizendo-lhe:
- O teu pai trabalha muito para ganhar mais dinheiro. Assim, ele pode dar-te mais coisas.
- A Violeta tem toda a razão, António – afirmou a mãe, concordando com a menina.
As palavras da amiga não animaram o António, o seu rosto reflectia a sua tristeza.
- António, não chores mais. Estás a ser injusto com o teu pai – disse a mãe revelando alguma tristeza.
Finalmente chegaram à farmácia. A mãe saiu do carro sozinha, deixou os dois amigos dentro do carro mas recomendou-lhes que fechassem o carro por dentro.
António aproveitando a ausência da mãe conversou com a sua amiga.
- António, a tua mãe tem razão, estás a ser injusto com o teu pai.
- Achas Violeta?
- António, tu sabes que tens alguma razão mas deves pensar na tua mãe. Ela também deve sentir a falta do teu pai.
- Eu compreendo que o meu pai tenha de trabalhar mas devia esforçar-se para estar mais tempo comigo. Já não me lembro da última vez que brincou comigo. Tenho saudades dos dias em que ambos dávamos grandes passeios de bicicleta.
- Os pais nem sempre têm tempo para os filhos – disse a menina com alguma tristeza.
Entretanto a mãe chegou ao carro e perguntou:
- Então, aconteceu alguma coisa?
- Não! Responderam os dois meninos ao mesmo tempo.
Passado algum tempo, chegaram a casa. Saíram do carro e a Violeta disse:
- Já é tarde! Tenho de ir embora!
Quando entraram em casa tiveram uma surpresa. O pai do António estava lá.
O António muito espantado disse:
- Pai!

Giestais – Alunos 3.º ano - Prof. Francisco

Ao ver o seu pai, o António surpreendido e muito feliz, correu para ele dizendo:
- Pai, porque chegaste mais cedo? Soubeste o que me aconteceu?
- O que te aconteceu? Não! Eu já estou em casa porque hoje terminei o meu trabalho mais cedo e quis fazer-vos uma surpresa.
- Mas… o que te aconteceu? Perguntou o pai do António.
Olha, eu vou contar-te mas não quero que fiques zangado comigo. Prometes?
- Sim… claro que não vou ficar zangado contigo. Respondeu o pai.
Então foi assim:
Eu ia com a Violeta de bicicleta para o parque e, para a impressionar fazia “cavalinhos e ziguezagues” na estrada.
A certa altura desequilibrei-me e cai, ao mesmo tempo em que passava um automóvel a alta velocidade que precisou fazer uma grande travagem para não me atropelar.
O condutor, que foi muito simpático, veio com a Violeta ao meu encontro e acompanharam-me ao hospital, porque eu sentia dores de cabeça e tonturas.
No hospital, depois de fazer alguns exames, o médico disse que não tinha nada partido e apenas receitou um remédio para as dores, que a mãe, a quem o Senhor Raul tinha telefonado a contar o que tinha acontecido, foi comprar à farmácia.
Então o seu pai, que tinha prometido não se zangar com ele, lembrou-o das muitas vezes em que lhe tinha recomendado os cuidados necessários sempre que andamos de bicicleta na rua: irmos sempre na nossa mão, sempre direitos na berma, respeitar os sinais e, se forem várias bicicletas irem sempre em fila indiana.
Sim pai, eu fui descuidado mas prometo que não volta a acontecer.
Oh pai… não vamos falar mais de coisas más!
Vamos aproveitar a tua presença em casa para matarmos saudades e convivermos em família.
Tens razão António, vamos arranjar-nos e saímos. Podemos aproveitar este tempo para passearmos e até jantar fora.
Já pensaste onde queres ir?
Olha pai, vamos falar com a mamã e, se ela concordar, podíamos ir ao Centro Comercial, aí via uns jogos, passeávamos e depois jantávamos no Macdonald`s. Que achas?
Não sei se a tua mãe vai concordar, tu sabes que ela acha que essas refeições não são muito saudáveis. Mas, como hoje é um dia especial com tudo o que se passou, pode ser que ela não se importe.
O António foi falar com a sua mãe e com a sua habilidade e os seus olhos malandros, lá conseguiu convencer a sua mãe.
Arranjaram-se e saíram…


ALUNOS 3º ANO - EB1 MATO DA SENRA - PROFª ALZIRA
Arranjaram-se e saíram os três, no automóvel da mãe.
O percurso era de cinco quilómetros. Durante a viagem, o António conversou muito com os seus pais, falando-lhes dos jogos que gostaria de ver e comprar. Então o pai perguntou ao filho que jogo queria comprar e o menino respondeu:
- Gostaria que tu me comprasses o Pés 2009.
O pai olhou para a mãe e disse:
- Vamos ver filho, esse jogo é muito caro, mas pode ser que esteja em promoção.
António concordou com a decisão dos pais.
Chegaram ao Centro Comercial e como já eram horas de jantar, dirigiram-se aos serviços do Mcdonald´s. Pediram então um Happy meal e um gelado para o António, um Mac menu para o pai e uma salada Ceaser e um gelado para a mãe.
Quando saíram, o António reparou que havia ali um cinema e disse aos pais:
- Porque não vamos ao cinema? Podíamos ir ver o Madagascar 2.
O pai respondeu:
- Vamos ver filho, tudo não pode ser, sabes que a tua mãe está desempregada.
António então disse:
- Eu prefiro o jogo. Ao cinema podemos ir no dia do meu aniversário, concordam?
Os seus pais responderam:
- Está bem filho, pode ser.
E lá foram às compras. Compraram o jogo, alguma roupa, alguns alimentos e o António lembrou à mãe que comprasse uma prenda para a Violeta.
Era já meia noite e esta família resolveu regressar a casa. O António estava com muito sono e adormeceu durante a viagem.
Quando chegaram, o pai pegou no filho ao colo e foi levá-lo ao quarto, enquanto a mãe tirava as compras da bagageira.
No dia seguinte, António acordou bem disposto. A mãe preparou-lhe o pequeno-almoço e foi conversando com ele.
A certa altura, perguntou-lhe:
- António, gostavas de ter irmãos?
O menino não reagiu à pergunta da mãe, ficou sem palavras e com lágrimas nos olhos.
A mãe ficou preocupada e disse-lhe:
- Então, não dizes nada?
O António olhou para a mãe e respondeu:
- Pronto mãe, se tu e o pai querem outro filho eu também fico contente.
- Mas não parece filho, acho que estás com ciúmes e isso é muito feio.
- Tens razão mãe, estou triste. Estava a pensar que tu e o pai não me iam dar mais atenção, amor e carinho.
A mãe muito preocupada, puxou-o para o seu colo, beijou-o e disse-lhe:
- Não penses assim filho, os nossos sentimentos vão ser os mesmos. Tu serás igual ao bebé, só que tens que compreender que ele é mais pequenino e que eu e o teu pai vamos ter que ocupar muito tempo, para cuidar dele.
O António respirou de alívio e disse:
- Mãe, eu gostava de ter uma irmã e que se chamasse Antónia, pode ser mãe?
A mãe com um ar de feliz respondeu:
- É um nome bonito filho, vamos falar com o teu pai.
A mãe foi à cozinha e o António saiu do quarto e gritou.
- Mãe, posso ir à casa da Violeta?
- Podes filho, mas não te demores, temos que ir às compras.
O menino caminhava apressadamente para casa da sua amiga e a mãe tratava das lides da casa. As horas foram passando e o António nunca mais chegava.
D. Isabel estava com muita pressa e como o menino não aparecia, resolveu ir a casa da Violeta. Quando lá chegou, tocou à campainha, mas ninguém atendeu. Ficou muito preocupada, pegou no telemóvel e ligou para a mãe da Violeta, mas D. Paula tinha o telemóvel desligado. D. Isabel estava muito nervosa e não sabia o que fazer. Então …

EB1 de Montelhão - 3º ano - Profª. Ana Maria
D. Isabel ouviu chegar um carro e viu que era o António, a Violeta e a D. Paula.. Quando eles saíram do carro, D. Isabel perguntou:
- Onde foram? D. Paula, porque tinha o telemóvel desligado?
- Fomos ao café e deixei o telemóvel em casa, a carregar. – respondeu a D.Paula.
- Mãe, trouxeste o presente para a Violeta? – perguntou o António.
- Trouxe, está no carro, podes ir buscá-lo. – respondeu a D. Isabel.
O António foi ao carro da mãe buscar o presente para a amiga. Muito feliz, entregou-lhe o embrulho com um belo laçarote colorido. Violeta abriu-o e viu um livro. Era “ O Gigante Egoísta” de Óscar Wilde.
Obrigada, António. Gostei muito do presente. Sabes que adoro livros. Nós lemos esse livro na escola e eu gostei muito da história. Agora posso voltar a lê-lo e ver as imagens, quando eu quiser.
- D. Isabel, a Violeta disse-me que o António ia ter um irmão. É verdade? – perguntou D. Paula.
- É verdade. O António já está crescido e precisa de um irmão para brincar com ele. – disse D. Isabel.
Enquanto as duas senhoras conversavam, Violeta e António começaram a correr no jardim.
Era um jardim muito grande com belas árvores antigas e enormes. Havia relva verde e macia, que formava tapetes, onde apetecia rebolar. Flores de mil cores, espalhadas pelo jardim, enchiam o ar de um perfume maravilhoso. A Primavera acabava de chegar e as andorinhas regressaram àquele jardim. Enchiam o ar com as suas belas melodias. No meio do jardim, havia um lago com peixes vermelhos, amarelos, azuis, prateados…Junto dos peixes, dois belos cisnes brancos e quatro patos amarelos e castanhos nadavam na água do lago. As árvores, os arbustos e as ervas tinham tantos tons de verde que encantavam todos os que passavam naquele jardim. No meio das árvores via-se o céu muito azul, com algumas nuvens brancas que formavam belas construções.
Os dois amigos percorreram o jardim, observando com atenção todos os pormenores. Corriam e escondiam-se atrás das árvores de troncos grossos e rugosos. Iam espreitar o lago e atiravam migalhinhas de pão aos patos, aos cisnes e aos peixes. Debruçados na grade que cercava o lago, viram duas pequenas rãs verdes que saltitavam na água. Sentiram-se cansados e sentaram-se na relva, encostados a uma árvore. Olharam para o céu azul e começaram a ver com atenção as nuvens.
- Olha, Violeta, aquela nuvem parece uma casa.
- E aquela parece um pássaro. – disse a Violeta.
- Agora já não parece um pássaro, mas um cavalo.
- E agora parece um comboio gigante!
Os meninos continuaram, durante algum tempo, a brincar com os “desenhos” das nuvens. A certa altura, o António viu um envelope no meio dos arbustos.

Profª. Fátima - EB1 de Montelhão

Com muito cuidado, entusiasmado e curioso, pegou no envelope.
-Como é que veio aqui parar? - perguntou o António.
-Talvez o envelope tenha voado com o vento. - sugeriu a Violeta.
-Não! Fui eu, sigam-me. - disse uma voz suave.
-Violeta, quem falou?
-Não sei. Eu é que não fui!
Os dois meninos ficaram entusiasmadíssimos e ao mesmo tempo preocupados.
-Abram o envelope e uma grande aventura vai começar! - falou novamente a voz suave.
Cuidadosamente, os dois grandes amigos abriram o envelope e lá dentro descobriram um mapa. Era um mapa quadrado, escuro e com pistas difíceis para um tesouro encontrar.
-Não é um mapa qualquer! É um mapa de um tesouro!- disse a voz.
António e Violeta procuraram aquela voz suave atrás dos arbustos, mas não encontraram a voz misteriosa.
Os dois amigos decidiram observar e analisar bem o Mapa do Tesouro, para tentar encontrá-lo. Olharam para o mapa e repararam que o tesouro estava escondido naquele belo e enorme jardim florido.
De repente, ouviram de novo a voz misteriosa.
-Não tenham medo! Sigam a minha voz e as pistas do mapa.
As duas crianças, ao estudar o mapa, descobriram que naquele maravilhoso jardim, existia uma gruta, mas não sabiam onde ficava situada a entrada, pois o jardim era muito grande.
A primeira pista que o mapa indicava, era que os meninos tinham de ir para o centro do jardim, onde ficava situado aquele azul, belo e maravilhoso lago com os seus lindos animais e as suas belas plantas aquáticas.
Eles dirigiram-se a correr para junto do lago, um pouco nervosos e curiosos.
-Boa! Conseguiram chegar até aqui!- disse a voz suave e misteriosa. Continuem a procurar as pistas.
Sentados na relva verde e macia, os dois companheiros desta aventura, investigaram onde poderia estar a segunda pista no Mapa do Tesouro. Analisando bem outra vez o mapa, eles descobriram que a pista os levava a uma árvore muito antiga e perfumada com ramos longos. Era a árvore mais alta daquele enorme jardim.
António e Violeta foram procurar a árvore pelo jardim, para poderem encontrar a entrada para a gruta.
Os dois amigos foram caminhando e observando bem todas as árvores, até que descobriram a antiquíssima árvore. Ela tinha os ramos cheios de flores amarelas que perfumavam o ar e encantavam todas as pessoas que por ali passavam. Era uma grande tília que ficava perto de uma enorme rocha.
-Excelente trabalho! Continuem assim que vão o tesouro encontrar! - disse aquela maravilhosa voz.
O António e a Violeta ficaram muito felizes e excitados ao ouvir aquela voz encantada e puseram-se a observar de novo o mapa. A terceira pista mandava-os observar bem aquela enorme rocha para tentarem encontrar a entrada da gruta.
Com muita atenção e paciência, os dois meninos observaram bem a rocha mas não viram a entrada para a gruta. Desanimados, sentaram-se junto à rocha e ao encostarem-se, ouviram um barulho estranho.
Rapidamente, os dois meninos levantaram-se assustados e aflitos porque uma parte da rocha começou a rebolar. Finalmente encontraram a entrada para a gruta!


Muito assustados e sem saber o que fazer, António e Violeta trocaram olhares cúmplices e decidiram entrar na gruta.
António entrou primeiro. Violeta hesitou ao entrar. Então, António deu a mão à Violeta e disse:
- Não tenhas medo, Violeta. Eu estou contigo.
Nesse instante, ouviram de novo a voz misteriosa:
- Continuem meninos, uma aventura vos espera.
De mãos dadas e com os corações a bater mais forte, os dois amigos caminharam devagarinho para o interior da gruta.
A gruta era escura e húmida, as paredes pareciam transpirar. No ar sentia-se o cheiro a terra molhada. Havia uma frecha por entre as rochas da gruta que filtrava uns finíssimos raios de luz. António e Violeta sentiam roçar nos seus rostos leves cortinados de teias de aranha. Havia um silêncio incomodativo e intimidador. Só se ouvia o barulho de alguns animais a esconderem-se por entre os buracos das rochas. A gruta era fria e, à medida que iam caminhando, os dois meninos sentiam cada vez mais frio.
De tanto medo, Violeta já não sabia o que fazer. Tremiam-lhe as pernas, seus lábios começaram a ficar cada vez mais roxos.
- Vamos embora, António! – disse Violeta, muito assustada.
- Não tenham medo. Nada de mal vos irá acontecer. – pronunciou a voz suave.
Os dois meninos caminharam juntos pela gruta e admiraram os enormes pingantes que caíam do tecto, reluzentes, que iluminavam toda a gruta.
Violeta descobriu uma luz que vinha de uma pequena abertura numa rocha. Apertou a mão do António e aproximaram-se para ver o que era aquela luz. António baixou-se e espreitou e, do outro lado, viu a ramagem de uma árvore alta que parecia ser a velha tília do jardim da Violeta. De seguida, Violeta também se baixou para espreitar mas, do outro lado, viu um olho a piscar. Era o olho de um esquilo que, por vezes, entrava na gruta para se proteger do frio. A menina ao ver o esquilo achou-o muito fofinho e decidiu ficar com ele.
Ainda em busca do tesouro, António e Violeta continuaram o caminho. Sentiam--se mais animados com a companhia do esquilo. Violeta transportava o seu novo amigo no colo e ia-lhe fazendo pequenas brincadeiras. De repente, a menina escorregou numa rocha e o esquilo saltou do seu colo e correu em direcção ao fundo da gruta.
- Violeta, estás bem? – perguntou o António, preocupado.
- Ai…ai! – gemeu Violeta.
- Deixa-me ajudar-te. – António agarrou nos braços da menina e levantou-a.
- Tenho o joelho a sangrar. – choramingou Violeta.
António ajudou a sua amiga a limpar a ferida, rasgou um pouco de tecido da sua camisa e pôs no joelho da menina.
- António, onde está o esquilo? – perguntou Violeta aflita, esquecendo-se da sua própria dor.
- Não sei. Ele correu em direcção ao fundo da gruta. – respondeu António.
- Vamos! Temos de o encontrar.
- Quem? O esquilo ou o tesouro? – questionou o António, esboçando um pequeno sorriso.
Violeta, a coxear e agarrada ao António, tentou apressar o passo em busca do seu novo amigo. O tesouro deixara de ter tanta importância no pensamento de Violeta.
- Olha, Violeta! Está ali o esquilo. Vamos! - disse o António.
- É ele, sim. Mas… parece que o esquilo está a querer indicar-nos algum caminho. – observou a violeta.
- Tens razão. Vamos segui-lo.
Os dois meninos andaram mais alguns metros e, de súbito, o esquilo parou. António e Violeta entreolharam-se e aproximaram-se do animal. Ficaram deslumbrados com o que avistaram. Mesmo em frente ao esquilo estava uma pequena caixa embutida numa rocha.
- António, será o tesouro?! – perguntou a Violeta, muito admirada.
António, sem hesitar pegou na pequena caixinha. Estava coberta de pó. Sopraram, voltaram a soprar e viram que tinha uma cor prateada, com lindos desenhos gravados. António sentia as suas mãos a tremer e o seu coração a bater descontrolado, mas estava cheio de curiosidade para descobrir o que tinha dentro daquela caixinha. Muito devagar, sentindo o medo e a ansiedade, o menino abriu a caixa. Violeta e António olharam, espantados, para o seu interior. Dentro da caixa estava uma chave e, juntamente com esta, havia um envelope.
- Outro envelope! – exclamou o António.
- Parabéns! Estão no caminho certo. – murmurou, de novo, a voz misteriosa.
- Abre o envelope, Violeta. – pediu o António.
Violeta, trémula, abriu o envelope e tirou lá de dentro duas folhas. A primeira folha tinha um novo mapa e, a segunda folha, tinha escrito a seguinte mensagem:
“Quem esta chave guardar, na gruta não vai ficar.”
- António, o que significa isto?
- Não sei, mas é melhor guardamos a chave. – afirmou o menino.
- Vou guardá-la no meu bolso. – disse Violeta.
- Repara no novo mapa. Tem desenhado novamente um lago e… Violeta, não ouves o barulho de água?
- Sim, parecem gotas de água. O som vem no sentido deste túnel.
- Vamos seguir o som, talvez nos conduza até ao lago. – disse António, cada vez mais empolgado com esta aventura.
À medida que caminhavam ao longo do túnel, o barulho da água tornava-se mais evidente. Quando chegaram ao final daquele corredor escuro e húmido nem queriam acreditar no que viam: um imenso lago de água transparente e límpida, onde repousavam milhares de moedas douradas e reluzentes.
- É o tesouro!! – exclamaram os dois meninos em coro.
- Parabéns, conseguiram! Ah! Ah! Ah! – a voz misteriosa soltou umas gargalhadas estridentes.
- E agora? O que fazemos? – perguntou Violeta, espantada.
- Vamos encher os nossos bolsos de moedas para levarmos aos nossos pais. Assim ficarão a saber que existe um tesouro nesta gruta e, depois, podemos ensinar-lhes o caminho até ao lago dourado.
- Genial ideia, António!
De imediato, os dois meninos encheram os bolsos de moedas. Violeta agarrou no esquilo e disse:
- Depressa! Temos de ir já contar aos nossos pais.
Rapidamente, os dois meninos iniciaram o percurso inverso, em direcção à entrada da gruta. Andavam cada vez mais depressa. Sentiam um enorme desejo em contar a sua aventura.
Quando estavam prestes a chegar à entrada da gruta, sentiram um arrepio em todo o corpo. A rocha tinha rolado e os dois meninos estavam fechados na gruta.
- António, não vamos poder sair!... – exclamou Violeta, com as lágrimas a escorrem-lhe pelo rosto.
- Tem calma, Violeta. Havemos de encontrar uma solução. – António tentava acalmar a sua amiga mas, no seu íntimo, estava tão assustada como ela.
- Ah! António, lembraste da mensagem que estava escrita junto com a chave?
- Sim. Dizia: “Quem esta chave guardar, na gruta não vai ficar.”
- Isso quer dizer que...

EB1 de Matinhos - Alunos - 3.º Ano - Profª. Diana