CONCURSO – CONTO DE NATAL
As Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas Bernardino Machado, em colaboração com todos os professores do 1.º, 2.º e 3.º Ciclos, promoveram um Concurso de “Contos de Natal” apelando à imaginação e criatividade dos alunos.
Os objectivos deste concurso, para além de se assinalar a época Natalícia, era ser um pretexto para se trabalharem as competências ao nível da escrita, da construção de textos, lacunas manifestadas pelos alunos aquando da realização das Provas Aferidas.
Pelo elevado número de participantes, sobretudo ao nível do 1.º ciclo, e pela qualidade dos textos apresentados, os objectivos foram plenamente atingidos.
Dada a grande quantidade e qualidade dos contos, os mesmos irão ser compilados em forma de livro para que este trabalho de qualidade não se perca, e por outro lado, para servir de motivação a outros alunos e também como suporte de trabalho nas próprias aulas.
É de enaltecer a dedicação e o empenho dos alunos, mas também dos seus professores. Estão todos de parabéns!
Apesar do regulamento só prever dois prémios por anos de escolaridade, foi acrescentado um terceiro a cada um dos anos devido à quantidade e qualidade dos trabalhos apresentados. A tarefa do júri não foi nada fácil, mas saliente-se que são todos vencedores pela excelente qualidade de todos os trabalhos apresentados.
4.º Ano: 1.º lugar – Joana Pinto e André Oliveira (EB1 de Estalagem); 2.º lugar – Sofia Alexandra Machado (EB1 de Mogege); 3.º lugar – Vítor José Fonseca (EB1 de Mogege)
Os contos premiados podem ser vistos e apreciados por alunos, pais e encarregados de educação, pois estão expostas na Biblioteca da EB 2/3 Bernardino Machado.
Façam uma visita!
Manuel Oliveira e Francisca Albuquerque – Coordenadores das Bibliotecas Escolares
O Menino Pobre
Certo dia, frio e ventoso, um pequeno menino muito pobre, andava a pedir pelas ruas de uma pequena cidade do interior.
Mas ninguém lhe dava nada, muito menos reparavam nele.
Dias e dias esse menino pediu pelas ruas frias e húmidas, mas sem resposta alguma.
De repente uma velhinha, que já tinha reparado nele há muitos dias, reparou que esse menino tinha um brilho especial, era surdo e mudo.
Tinha sido esse motivo porque ninguém lhe ligava.
A velhinha foi ter com o menino e levou-o para sua casa.
Deu-lhe de comer e reparou que ele era deveras muito, mas muito especial.
Embora não falasse tinha muito jeito com as suas mãos.
A sua agilidade era tal que em poucos minutos e logo após ter comido, fez com o miolo do pão um menino que foi a correr colocar no presépio da velhinha, que estava incompleto.
Falta a sua principal figura, o menino Jesus.
A velhinha ficou tão comovida que ofereceu a sua casa ao menino.
Desde então o menino ficou a morar com a velhinha e a fazer trabalhos em barro.
Cresceu, ficou adulto e ainda hoje é o melhor artesão da sua cidade.
Agrupamento de Escolas Bernardino Machado
EB1 de Estalagem: Joana Pinto e André Oliveira – 4º ano de escolaridade - 1º Lugar
Conto de Natal
«A CONSTIPAÇÃO DO PAI NATAL»
Faltava uma semana para o Natal e no Pólo Norte, os duendes andavam muito atarefados a acabar de embrulhar os presentes para os meninos do mundo inteiro.
A fábrica de brinca de brinquedos do Pai Natal estava uma confusão: fitas douradas para um lado, papel de embrulho para o outro e por todo o lado muitos sacos vermelhos cheios de embrulhos e com etiquetas diferentes para cada país.
No meio daquela confusão andavam os duendes, que mesmo cheios de trabalho não paravam de cantar músicas de natal.
Tudo corria bem, até que de repente chegou o Orelhudo, o duende chefe, com uma má notícia. Os duendes pararam de trabalhar e reuniram-se para ouvir o Orelhudo:
- Amigos duendes, estou muito preocupado. Cheguei agora da casa do Pai Natal e ele está com uma valente constipação. Não pára de espirrar e tossir e o nariz está vermelho como um tomate. Não sei se ficará melhor a tempo da noite de Natal. A distribuição dos presentes está em risco!
Todos os duendes ficaram tristes e ouviu-se em coro:
- Oh!!! As crianças não podem fica sem presentes! Temos que arranjar uma solução!
O Pintinhas, que era muito esperto, disse:
- Vamos a casa do Pai Natal. A minha avó diz que o melhor remédio para uma constipação é um chá quentinho com mel.
O Orelhudo não se tinha lembrado disso e foi imediatamente com o Pintinhas tratar do Pai Natal, mas antes disse aos outros duendes:
- Continuem o trabalho! O Pai Natal vai melhorar!
Em casa do Pai Natal os duendes fizeram o chá e levaram-no ao seu quarto. O Pai Natal tomou o chá mas os espirros continuavam e eram tão fortes que se ouviam ao longe. Muito triste e com a voz muito rouca dizia:
- Ai, ai o que vai ser de mim. O Natal a chegar e eu tão constipado. Atchim! Atchim!
- Santinho! Tenha calma, ainda faltam uns dias. – disse o Pintinhas.
Os duendes saíram para o Pai Natal descansar, mas estavam preocupados com a situação.
Na véspera de Natal, pela manhã, os duendes puseram tudo pronto. O trenó já estava carregado e as renas alimentadas para a longa viagem.
Foram ter com o Pai Natal e ficaram tristes ao ver que ainda estava de cama, cheio de febre.
- O que havemos de fazer? – Pensavam os duendes
Entretanto, o Pintinhas teve uma ideia fantástica:
- Falamos com a Mãe Natal. Ela veste o fato do Pai Natal, põe uma almofada para ficar redondinha como ele e arranjamos-lhe umas barbas brancas.
Disseram à Mãe Natal e ela concordou e até ficou muito contente. Como não sabia conduzir o trenó, pediu ao Orelhudo se não se importava de ser o motorista.
Assim foi. À noite, partiram do Pólo Norte e percorreram o mundo inteiro.
A Mãe Natal fez um trabalho tão bem feito que ninguém ficou sem presentes e todos pensaram que tinha sido o Pai Natal.
Novembro de 2008
Agrupamento de Escolas Bernardino Machado/EB1 de Mogege
Sofia Alexandra Oliveira Machado - 4º ano de escolaridade - 2º Lugar
Conto de Natal
«O MENDIGO»
Era uma vez um mendigo muito pobre e sem nada. Ele nunca teve um Natal feliz, com amor, com ternura e paz.
Um dia uma menina encontrou-o na beira da estrada e perguntou-lhe o que estava a fazer. Então ele respondeu-lhe:
- Sou um pobre sem nada: sem casa e sem dinheiro. Gostava de passar um Natal feliz ao pé de uma lareira.
A menina depois de conversar com o pobre foi cheia de pena para sua casa. Quando chegou a casa teve uma excelente ideia e pensou:
- Vou pedir á minha mãe se o pobre pode passar o Natal connosco.
A menina correu imediatamente e foi falar com a mãe. A sua mãe ao ouvi-la teve pena do pobre e disse à filha que ele podia passar lá o Natal e se não tivesse família podia ficar lá para sempre.
No dia seguinte, a menina foi procurar o mendigo e quando o encontrou disse-lhe:
- Eu falei com a minha mãe e ela disse que tu podes passar o Natal em nossa casa e também podes ficar lá a viver.
Na noite de Natal, depois da ceia, o pobre estava a conversar com a família da menina. Entretanto o pai fez-lhe um sinal e ele levantou-se e foram os dois até ao corredor.
O pai da menina pediu-lhe para se vestir de Pai Natal e pegar no saco de presentes. O pobre ficou muito contente e aceitou a proposta.
Saltando de alegria e já vestido de Pai Natal pensava:
- Eu que passei quase toda a minha vida a pedir porque não tinha nada, vou agora ter o prazer de dar.
Pegou no saco e lá entrou na sala onde todos esperavam ansiosos pelo Pai Natal. Começou a distribuir os presentes cheio de alegria. Todos já tinham os seus presentes mas no fundo do saco ainda havia um.
Então meteu a mão e com custo lá tirou o presente. Ficou espantado ao ler o seu nome no laço da prenda.
Ficou tão contente que até chorou.
A parir daí ficou sempre naquela casa. Era ele que tratava dos animais e do quintal.
Nunca mais precisou de pedir.
Novembro de 2008
Agrupamento de Escolas Bernardino Machado/EB1 de Mogege
Vítor José Moreira Fonseca - 4º ano de escolaridade - 3º Lugar
12/17/2008
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1 comentário:
A todos os vencedores, os meus parabéns pela imaginação e criatividade manifestadas nos contos que nos apresentaram. Continuem, poi é assim que aprecem os grandes escritores.
A todos os outros participantes uma palavra de parabéns também pela qualidade dos textos.
O Coordenador das Bibliotecas: Manuel Oliveira
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